Um ano após desabamento, famílias ainda aguardam justiça pela queda da ponte JK

A ponte fazia a ligação entre os municípios de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão.Divulgação 

O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira completa um ano nesta segunda-feira (22). A tragédia ocorreu em 22 de dezembro de 2024, quando parte da estrutura cedeu e provocou a queda de veículos no Rio Tocantins, resultando na morte de 17 pessoas. A ponte fazia a ligação entre os municípios de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão.

Na mesma data em que o acidente completa um ano, está prevista a inauguração da nova ponte construída no trecho da BR-226. A cerimônia foi anunciada pelo Governo do Estado e deve contar com a presença de autoridades estaduais e federais. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a obra foi concluída após a realização de testes de segurança e com investimento de recursos federais.

O acidente ocorreu por volta das 14h50, quando a parte central da antiga ponte desabou, fazendo com que carros, motocicletas e caminhões despencassem no rio. Apenas uma pessoa sobreviveu à queda, identificada como Jairo Silva Rodrigues. Antes do colapso, moradores da região já haviam registrado imagens e feito alertas sobre as condições da estrutura.

Após o desabamento, o transporte entre o Tocantins e o Maranhão passou a ser realizado por balsas e rotas alternativas até o início das obras da nova ponte. Os restos da antiga estrutura foram implodidos em fevereiro de 2025, e, na sequência, teve início a construção da nova travessia.

A nova ponte possui mais de 600 metros de extensão e foi projetada para restabelecer o fluxo de veículos e o transporte de cargas entre os dois estados, considerados estratégicos para a logística regional.

Um ano após a tragédia, o caso segue sem responsáveis formalmente presos. Relatórios técnicos apontaram falhas na manutenção e excesso de peso como fatores determinantes para o desabamento. O diretor do DNIT chegou a reconhecer responsabilidade institucional pelo ocorrido, porém, até o momento, não houve responsabilização individual nem indenização às famílias das vítimas.

Relembre as vítimas:

Silvana dos Santos Rocha, 53 anos

Salmon Alves Santos, 65 anos (desaparecido até hoje)

Rosimarina da Silva Carvalho, 48 anos

Marçon Gley Ferreira Conceição, 42 anos

Lorranny Sidrone de Jesus, 11 anos

Lorena Ribeiro Rodrigues, 25 anos

Kecio Francisco dos Santos Lopes, 42 anos

Gessimar Ferreira da Costa, 38 anos (desaparecido até hoje)

Felipe Giuvannucci Ribeiro, 10 anos (desaparecido até hoje)

Elisangela Santos das Chagas, 50 anos

Ailson Gomes Carneiro, 57 anos

Cecília Tavares Rodrigues, 3 anos

Cássia de Sousa Tavares, 34 anos

Beroaldo dos Santos, 56 anos

Anízio Padilha Soares, 43 anos

Andreia Maria de Sousa, 45 anos

Alessandra do Socorro Ribeiro, 40 anos

(Portal Debate, com informações de Gazeta Carajás)

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