Lula fala em financiar motos para entregadores, depois de lançar CNH mais barata

Busca por crédito para trabalhadores está na mesa do presidente.(Foto: Ilustrativa/Jucimar de Sousa)

O governo federal está buscando alternativas para lançar um programa de financiamento específico para motocicletas para entregadores de aplicativos. A informação foi dada nesta terça-feira (9) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O anúncio foi feito no lançamento das novas regras de acesso à Carteira Nacional de Habilitação (CNH), que podem baratear em até 80% o acesso ao documento.

— Ainda falta uma coisa fazer, que ainda não conseguimos concluir, uma coisa que a gente quer fazer é baratear o financiamento de uma motozinha para que os entregadores tenham direito de ter uma moto, de preferência elétrica, para economizar a emissão de gás efeito estufa — afirmou Lula durante cerimônia de lançamento da CNH mais acessível no Palácio do Planalto nesta terça-feira.

Segundo o presidente, os ministros e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, estão trabalhando nesse projeto.

— Esse é o nosso próximo compromisso, não sei se vai dar para anunciar até o final do ano, mas estamos trabalhando para isso — afirmou.

A busca por crédito para financiar motos está na mesa de Lula há pelo menos quatro meses. Em setembro, Lula recebeu no Palácio do Planalto o bilionário chinês Will Wei Cheng, fundador e presidente da chinesa Didi, controladora da 99.

Na época, Wang disse a Lula que a empresa trabalha no desenvolvimento de uma moto elétrica em parceria com a marca chinesa Yadea para atender a entregadores de delivery no Brasil. A montadora chinesa inaugurou neste ano uma planta em Manaus. O modelo Keenness, montado no país, tem preço na casa dos R$ 29 mil.

O executivo disse ainda que a 99 vai oferecer, por meio de parcerias, linhas de crédito que somam R$ 6 bilhões para os motociclistas da plataforma com vistas à aquisição e ao aluguel de motos e bicicletas elétricas. A empresa já tem parcerias do tipo em mercados como México e Colômbia.

Os movimentos do mercado privado têm sido observados de perto pelo governo e levados em conta na elaboração da política pública, que ainda não tem data para ser anunciada.

(Com Agência Pará)

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