Governo amplia recursos para ações de combate ao trabalho infantil

Estados e municípios receberão R$ 79,2 milhões por ano para fortalecer políticas de erradicaçãoDivulgação 

BRASÍLIA – O governo federal ampliará os recursos para ações de combate ao trabalho de crianças e adolescentes. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e o secretário nacional de Assistência Social, André Quintão, assinaram nesta segunda-feira (8) ato que autoriza o pagamento de R$ 79,2 milhões por ano em benefício do Distrito Federal, dos 26 estados e de 1.011 municípios no âmbito do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil.

A iniciativa ocorreu durante a 14ª Conferência Nacional de Assistência Social, em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O evento celebra os 20 anos do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) e reuniu gestores, trabalhadores e representantes da sociedade civil.

“Esse país tem condições de melhorar muito a qualidade de vida das pessoas. De fazer com que as pessoas voltem a ser solidárias”, afirmou Lula. “O que nós queremos é garantir a todo e qualquer brasileiro o direito de tomar café da manhã, almoçar, jantar, ter acesso à cultura, ter acesso ao emprego, ter um trabalho decente”, completou.

Aos profissionais da assistência social, o presidente reconheceu o trabalho desenvolvido em todo o país. “Eu só quero dizer às companheiras e aos companheiros do SUAS, que o trabalho que vocês fazem é possivelmente um trabalho mais dignificante do que o salário que vocês recebem”. Ele classificou o sistema como “uma das coisas mais importantes que nós criamos” e elogiou a credibilidade conquistada pelos trabalhadores ao longo dos anos.

Wellington Dias citou conquistas recentes. Segundo ele, em apenas dois anos, com declaração da FAO e apoio do SUAS, o Brasil saiu do Mapa da Fome. “Sem nenhuma dúvida, esse é um dos sistemas mais importantes do nosso país”.

O ministro apresentou números sobre a capilaridade e o impacto do SUAS. “Esses profissionais visitam 43 milhões de domicílios em todo o Brasil, que representa 94 milhões de pessoas. Visitam pessoas que nem domicílio têm, que moram no meio da rua e vivem debaixo da ponte. Visitam pessoas que chegam ao Brasil como imigrantes, como refugiados”.

Para o presidente do CNAS (Conselho Nacional de Assistência Social), Edgilson Tavares de Araújo, a conferência é o maior espaço de mobilização e participação social no Brasil. “Aqui a gente reivindica, a gente confere o que está sendo feito, a gente planeja o futuro da maior política pública de proteção social do mundo, que é a política social”, afirmou.

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