Forças Armadas da Venezuela dizem estar prontas para defesa contra agressões

País juramenta 1.000 jovens militares em meio a tensões com os EUA

Divulgação 

As Forças Armadas da Venezuela anunciaram que estão preparadas para responder a qualquer agressão externa, segundo declarou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, durante o evento “Sábado Comunal Militar Natalício”, transmitido pela TV estatal.

Padrino afirmou que o país possui “Forças Armadas refundadas em valores, princípios e caráter humanista”, reforçando que estão “mais coesas do que nunca, unidas ao povo” e prontas para uma resposta “contundente” diante de possíveis ameaças contra a integridade nacional.

As declarações foram feitas no mesmo contexto em que o ministro do Interior e Justiça, Diosdado Cabello, afirmou que a Venezuela vive “uma revolução pacífica, mas não desarmada”, destacando que o país tem capacidade para “uma resistência ativa prolongada”.

Jovens militares juramentados

O governo venezuelano juramentou cerca de 1.000 militares, com idades entre 18 e 22 anos, para enfrentar “qualquer circunstância”, em meio às tensões crescentes com os Estados Unidos. Washington enviou navios de guerra, aeronaves e tropas ao Caribe em ações contra o narcotráfico.

Os EUA acusam o presidente Nicolás Maduro de liderar o Cartel de Los Soles e oferecem US$ 50 milhões por informações que levem à sua captura — acusação negada por Caracas, que chama a ofensiva de perseguição política.

Tensões na aviação e cancelamento de voos

No dia 21 de novembro, a FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA) recomendou extrema cautela a voos sobre a Venezuela e o sul do Caribe. Após o alerta, diversas companhias internacionais, como TAP, Iberia, Avianca, Latam Colômbia, Turkish Airlines e Gol, cancelaram suas operações na região.

O governo venezuelano respondeu revogando concessões de voo dessas empresas, acusando-as de “aderirem às ações de terrorismo” promovidas pelos EUA. Posteriormente, Air Europa e Plus Ultra também tiveram autorizações suspensas.

Desde setembro, companhias aéreas vêm denunciando interferências em sinais de GPS durante voos com destino à Venezuela.


Fonte: Em Tempo 

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