BNDES aprova R$ 4,64 bi para Aena ampliar e modernizar aeroportos de Carajás, Altamira, Marabá, Santarém e mais 7 aeroportos


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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou apoio no valor total de R$ 4,64 bilhões para fortalecer o plano de investimentos em ampliação, modernização e manutenção de 11 aeroportos administrados pela Aena no país: Congonhas (SP), Campo Grande (MS), Ponta Porã (MS), Corumbá (MS), Santarém (PA), Marabá (PA), Carajás (PA), Altamira (PA), Uberlândia (MG), Uberaba (MG) e Montes Claros (MG).

A operação inclui uma oferta pública de debêntures coordenada pelo BNDES e pelo Santander, totalizando R$ 5,3 bilhões. Desse montante, R$ 4,24 bilhões correspondem à subscrição de debêntures pelo BNDES, enquanto R$ 400 milhões serão liberados por meio da linha de financiamento Finem.

Somando debêntures e financiamento, o apoio total alcança R$ 5,7 bilhões. Durante a fase de implantação, estima-se a geração de mais de 2 mil empregos diretos e indiretos. Após as obras, serão criados mais de 700 novos postos de trabalho.

Ampliação e modernização dos aeroportos

Os recursos viabilizarão a execução da Fase I-B das concessões, que envolve ampliação, adequação e melhorias estruturais para atender às exigências mínimas de infraestrutura, ampliar a capacidade operacional e promover ações de sustentabilidade.

O prazo de conclusão é junho de 2028 para o Aeroporto de Congonhas e junho de 2026 para os demais terminais.

Congonhas receberá o maior volume de investimentos: R$ 2 bilhões. O aeroporto terá um novo terminal de passageiros, passando de 40 mil m² para 105 mil m². O pátio de aeronaves também será ampliado, e o número de pontes de embarque subirá de 12 para 19, além de expansão da área comercial para mais de 20 mil m².

Declarações

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o apoio reforça a política do governo federal para ampliar o número de passageiros atendidos com qualidade e conforto nos aeroportos brasileiros.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que os investimentos se somam a outras iniciativas federais, como o Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC) e programas de incentivos fiscais.

O diretor econômico-financeiro da Aena Brasil, Rodrigo Rosa, ressaltou que a operação consolida o Brasil como área estratégica para o grupo e permitirá entregas estruturais de grande relevância para passageiros e regiões atendidas.

Financiamento inovador

O BNDES estruturou a operação no modelo project finance non-recourse, em que a dívida é paga a partir da receita futura do próprio projeto. O mecanismo inclui a possibilidade de repricing, permitindo que a Aena refinancie a dívida após a conclusão das obras, reduzindo riscos e fortalecendo a sustentabilidade financeira do empreendimento.

A empresa

A Aena é a maior operadora aeroportuária do mundo em número de passageiros, administrando 46 aeroportos e dois heliportos na Espanha. Também opera no México (12 aeroportos), Jamaica (2 aeroportos) e detém 51% do Aeroporto de Londres-Luton.

No Brasil, além dos 11 aeroportos do bloco SP/MS/PA/MG, a empresa também administra os aeroportos de Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PB), que receberam apoio adicional do BNDES no valor de R$ 1,04 bilhão.

Fonte: Canaã 

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