O pagamento do 13º salário deve provocar um impacto significativo na economia do Pará em 2025. De acordo com estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a soma das duas parcelas do benefício deve injetar cerca de R$ 7,6 bilhões no estado até o fim do ano.
A segunda parcela do abono, que precisa ser paga aos trabalhadores até o dia 20 de dezembro, é considerada a mais relevante para o orçamento das famílias, já que sobre ela incidem descontos obrigatórios, como INSS e Imposto de Renda, além de eventuais ajustes salariais.
No Pará, aproximadamente 2,3 milhões de pessoas devem ser beneficiadas, incluindo trabalhadores com carteira assinada dos setores público e privado, empregados domésticos formalizados, além de aposentados e pensionistas do INSS. O volume de recursos tende a aquecer especialmente os setores de comércio e serviços, que tradicionalmente registram aumento nas vendas neste período do ano.
Supermercados, lojas de vestuário, calçados, eletrodomésticos e prestadores de serviços estão entre os segmentos que mais sentem os efeitos da circulação do dinheiro do 13º salário, impulsionada pelas compras natalinas e pelos gastos típicos do fim de ano.
Os dados do DIEESE apontam que, no estado, cerca de 1,46 milhão de trabalhadores assalariados devem receber o benefício, além de aproximadamente 30 mil empregados domésticos com carteira assinada e cerca de 838 mil aposentados e pensionistas. O valor médio geral do 13º salário no Pará foi estimado em R$ 2.958,74, sem considerar beneficiários de regimes próprios estaduais e municipais.
Entre os trabalhadores dos setores público e privado, o valor médio do benefício chega a R$ 3.832,92. Já os empregados domésticos devem receber, em média, R$ 1.851, enquanto aposentados e pensionistas do INSS têm valor médio estimado em R$ 1.474,69.
Além de estimular o consumo, parte expressiva desses recursos deve ser utilizada para a redução do endividamento das famílias. O DIEESE avalia que muitos paraenses devem priorizar o pagamento de dívidas como cartão de crédito, cheque especial e financiamentos, o que contribui para aliviar o orçamento doméstico.
Apesar de uma leve melhora no cenário econômico, o endividamento ainda é um desafio no estado. Levantamento da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Fecomércio Pará em parceria com a CNC, indica que 18,7% dos consumidores paraenses estavam com contas em atraso em novembro de 2025, o que representa cerca de 1,4 milhão de pessoas.
No cenário nacional, o pagamento do 13º salário deve movimentar aproximadamente R$ 369,4 bilhões, o equivalente a 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, beneficiando mais de 95 milhões de brasileiros.
Com isso, o 13º salário segue como um dos principais motores da economia no fim do ano, reforçando a circulação de renda, ajudando na reorganização financeira das famílias e contribuindo para a movimentação econômica no Pará em um dos períodos mais importantes do calendário comercial.
Fonte: Roma News


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