Prisão de Bolsonaro não chocou Santarém, município de forte apoio ao bolsonarismo

Apesar de ser um reduto sólido do bolsonarismo, a cidade não registrou protestos após a prisão do ex-presidente
Divulgação 

Santarém, um dos principais municípios do Pará e com forte apoio do bolsonarismo, não registrou protestos ou manifestações significativas após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, no sábado, 22 de novembro. A decisão da Polícia Federal, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, pegou muitos de surpresa, mas a reação em Santarém foi bem mais contida do que se imaginava.

Em conversas com produtores rurais locais, o Portal do Carpê apurou que, apesar do respeito por Bolsonaro, muitos estão cansados das polêmicas que cercam o ex-presidente. “Respeitamos o Bolsonaro, mas essa situação já está se arrastando há tempo. Os advogados dizem que ele não tem mais escapatória e será preso, então isso é apenas um capítulo a mais. A prisão, seja agora ou mais tarde, é um desfecho que não muda nada. Só torço para que ele fique, no máximo, em prisão domiciliar”, disse um dos produtores.

Outro empresário local opinou de maneira similar: “Não adianta mais discutir algo que já aconteceu. A prisão do Bolsonaro não muda nada. Colocá-lo na PF ou em uma penitenciária não faz diferença. Aos 70 anos e com problemas de saúde, ele não representa mais perigo para a sociedade.”

A impressão que se tem em Santarém é que a cidade, tradicionalmente ligada ao agronegócio e ao bolsonarismo, prefere evitar o desgaste político gerado pela prisão do ex-presidente. A falta de manifestações de apoio ou protestos nas ruas sugere que, assim como outras cidades, Santarém está se distanciando da figura de Bolsonaro, o que reflete um ambiente de cautela política.

Portal do Carpê 

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