Ministério da Saúde aciona AGU contra médicos por divulgar tratamentos falsos e diagnósticos inexistentes nas redes

Governo aponta que publicações enganosas geram lucro, estimulam medo sobre vacinas e contribuem para o retorno de doenças já controladas

Divulgação 

A pedido do Ministério da Saúde, a Advocacia-Geral da União (AGU) notificou a Meta — responsável por Facebook e Instagram — para que tome medidas contra perfis de médicos que estariam lucrando com a divulgação de diagnósticos falsos e tratamentos sem respaldo científico. Entre os conteúdos investigados, está a chamada “síndrome pós-Spike”, termo que não possui comprovação científica, nem reconhecimento por autoridades de saúde no Brasil ou no exterior.

Segundo a pasta, a desinformação tem sido usada para desestimular a vacinação e comercializar produtos e cursos que prometem soluções inexistentes, como o chamado “detox vacinal”. Além de enganar usuários em busca de informações de saúde, esse tipo de conteúdo contribui para aumentar a hesitação vacinal, criando um ambiente fértil para a volta de doenças preveníveis — cenário já observado com novos casos de sarampo na América do Norte.

Uma nota técnica enviada pelo Ministério da Saúde à AGU comprovou a falsidade das publicações analisadas. O documento alerta que esses diagnósticos não existem e que práticas sem evidência científica podem colocar vidas em risco, ao afastar a população de tratamentos comprovados e protocolos seguros.

O governo reforça que vacinas continuam sendo uma das ferramentas mais eficazes para preservar vidas e controlar surtos. Todas passam por rigorosos testes de segurança, são monitoradas globalmente e têm eficácia comprovada na prevenção de doenças graves. Por isso, recomenda-se cautela ao consumir conteúdos de saúde na internet, especialmente quando associados à venda de produtos.

A iniciativa integra a campanha nacional de combate à desinformação, que busca responsabilizar quem lucra com mentiras e proteger a população de narrativas que misturam neg

0 Comentários