Advogado-geral da União afirma que apresentará ao Senado credenciais para assumir vaga deixada por Barroso; Lula optou por manter nome de sua confiança apesar de outras articulações
FOTO: Presidente Lula e Jorge Messias/ReproduçãoO advogado-geral da União, Jorge Messias, manifestou publicamente seu agradecimento após ser escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar a nova vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). Em um pronunciamento divulgado nas redes sociais, Messias afirmou que pretende demonstrar ao Senado que reúne qualificação técnica, trajetória e conduta compatíveis com a função de ministro da Corte.
Ele destacou ainda que, se obtiver a confirmação da Casa, pretende desempenhar o cargo com “disciplina, compromisso ético e profundo respeito às instituições”.
Messias recebeu a comunicação oficial diretamente do presidente Lula, durante encontro realizado nesta quinta-feira. A nomeação o coloca como o terceiro indicado do atual governo ao STF — antes dele, Lula já havia levado à Corte os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. Assim como ocorre em todas as nomeações, o escolhido ainda terá de enfrentar a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, ser aprovado em votação no plenário do Senado, etapa que pode barrar a indicação.
Nos bastidores, o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também circulava como possível indicado, apoiado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e por integrantes do próprio Supremo. Apesar do respaldo político ao parlamentar, Lula decidiu manter sua preferência por Jorge Messias, considerado por ele um aliado de absoluta confiança e cuja atuação à frente da AGU reforçou essa percepção dentro do governo.
A avaliação entre aliados é que a escolha representa tanto um gesto político quanto institucional: Lula optou por um nome técnico da área jurídica, com trajetória consolidada no serviço público, mas também alguém de sua estrita lealdade. Agora, Messias começa a se preparar para o processo de sabatina, onde deverá responder questionamentos sobre sua carreira, interpretações constitucionais e postura diante de temas sensíveis.
Enquanto aguarda a definição das datas das etapas formais no Senado, o advogado-geral segue exercendo suas funções na AGU, afirmando que respeitará todos os trâmites até que sua indicação seja submetida ao crivo dos parlamentares.
Fonte: Em tempo


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