Comunicado da deposição do presidente de Guiné-Bissau foi feito por uma junta de oficiais do Exército
Exército toma poder em país da África após prisão de presidente (Foto: Instagram)
Uma junta de oficiais do Exército de Guiné-Bissau assumiu o controle do país, depois que Umaro Sissoco Embaló, o presidente, foi preso. Os rumores sobre a prisão do presidente começaram a se espalhar após a capital, Bissau, ser abalada por tiros nesta quarta-feira, 26 de novembro. Esse acontecimento ocorreu um dia após a divulgação de resultados eleitorais que geraram controvérsias.
Em um comunicado lido na televisão estatal, o porta-voz Diniz N’Tchama anunciou que o presidente foi deposto, o processo eleitoral suspenso, as fronteiras fechadas e um toque de recolher instaurado no país. Embaló, em entrevista à France 24, confirmou a sua deposição: "Fui deposto", disse ele.
A junta militar afirmou que tomou o poder para "restaurar a ordem" e anunciou a formação do “Alto Comando Militar para a Restauração da Ordem”, que ficará à frente da nação até nova ordem.
Guiné-Bissau, um pequeno país da África Ocidental, com uma população de cerca de dois milhões de habitantes, enfrenta uma longa história de instabilidade política. A nação, localizada entre Senegal e Guiné, é conhecida por ser uma rota de tráfico de cocaína para a Europa.
Ainda não se sabe se os militares que tomaram o poder têm o apoio de todas as forças armadas do país. O comunicado do Exército afirmou que a intervenção foi uma resposta a um suposto plano de desestabilização arquitetado por "certos políticos nacionais" e "barões da droga nacionais e estrangeiros", além de uma tentativa de manipulação dos resultados das eleições presidenciais.

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