Os dois vão se juntar a militares presos por determinação do Supremo Tribunal Federal
Divulgação
Os ex-ministros Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira foram presos e levados para o Comando Militar do Planalto, nesta terça-feira (25). O prédio fica em uma área militar em Brasília, próxima à chamada Praça dos Cristais e ao Quartel-General do Exército. Essa praça foi fechada, e militares reforçaram a segurança da região.
Segundo as investigações, Heleno e Paulo Sérgio contribuíram para a articulação de uma estratégia voltada a reverter o resultado das eleições presidenciais e instaurar um ambiente de ruptura institucional no país. Os dois se juntam ao general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, que já está preso preventivamente desde dezembro de 2024.
Condenado a 26 anos de prisão, Braga Netto foi apontado como “o principal vetor de operacionalização” das iniciativas golpistas, atuando como ponte entre o círculo político do ex-presidente e os setores das Forças Armadas que defendiam uma intervenção. Ele participou da elaboração de minutas golpistas, coordenou contatos com comandantes militares e incentivou ações destinadas a conferir aparência jurídica a medidas inconstitucionais.
Além de Braga Netto, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi preso duas vezes em 2023 e 2024 antes de fechar um acordo de delação premiada. O general da reserva Mario Fernandes está preso desde novembro do ano passado, por elaborar o documento “Punhal Verde e Amarelo”, que continha um plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e de Alexandre de Moraes.
Augusto Heleno foi condenado a 19 anos de prisão, e Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, foi condenado a 19 anos por ter utilizado a estrutura da pasta para difundir desinformação sobre as urnas eletrônicas, contribuindo para semear desconfiança deliberada.
Com as novas prisões, o número de oficiais de alta patente encarcerados por participação na trama golpista atinge seu patamar mais elevado desde o início das investigações. A expectativa é que a repercussão interna nas Forças Armadas seja monitorada de perto pelo Alto Comando, embora a cúpula da ativa continue enfatizando que não haverá contestação institucional às decisões judiciais.
(As informações são do site O Globo)

0 Comentários