Ex-presidente foi preso após suspeita de violação da tornozeleira eletrônica e participará da audiência de custódia por videoconferência, com acompanhamento médico garantido.
Foto: Marcos Corrêa/PRNotícias do Brasil – O ex-presidente Jair Bolsonaro deve passar por audiência de custódia ao meio-dia deste domingo (23), após ter sido preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) neste sábado (22). A decisão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
No despacho, Moraes apontou eventual risco de fuga, citando a tentativa de Bolsonaro de violar a tornozeleira eletrônica e a vigília convocada pelo seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), nas proximidades da residência onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar. Esses elementos foram considerados pelo ministro como fatores que poderiam comprometer o cumprimento das medidas judiciais impostas.
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Após a prisão, Jair Bolsonaro foi conduzido à Superintendência Regional da PF no Distrito Federal. De lá, ele participará da audiência de custódia por videoconferência. Na mesma decisão, Alexandre de Moraes determinou que seja garantido atendimento médico em tempo integral ao ex-presidente, além de estabelecer que qualquer visita deverá ser previamente autorizada pelo STF, com exceção dos advogados de defesa e da equipe médica que o acompanha.
Na sexta-feira (21), Bolsonaro utilizou um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica, o que acionou um alerta na Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap), responsável pelo monitoramento do equipamento. Diante do episódio, Moraes concedeu prazo de 24 horas para que a defesa se manifeste sobre a tentativa de violação.
Os advogados do ex-presidente afirmaram que vão recorrer da decisão. Segundo a defesa, a tornozeleira eletrônica teria sido imposta apenas para “causar humilhação” a Bolsonaro, e a tese de fuga com o rompimento do equipamento seria apenas uma narrativa para justificar a prisão preventiva.
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