Santarém fortalece bioeconomia e destaca expansão da cacauicultura sustentável no Pavilhão Pará Municípios

Casa Santarém Alter do Chão apresenta exemplos de boas práticas de agricultura sustentável do município

A Casa Santarém Alter do Chão, no Pavilhão Pará Municípios, tem atraído a atenção dos visitantes durante a COP 30 ao apresentar histórias e iniciativas que mostram como o desenvolvimento sustentável é possível na Amazônia. Entre esses exemplos está o trabalho realizado por Adamor Santos, agricultor da comunidade de Samaúma, no Assentamento Tapera Velha, região da Curuá-Una.

Aos 58 anos, seu Adamor se tornou referência regional ao aliar produção agrícola, preservação ambiental e geração de renda. Em sua propriedade, ele mantém 80 hectares de floresta viva, onde cultiva andiroba, cumaru, copaíba, cupuaçu, cacau, graviola, coco e outras espécies amazônicas em sistemas consorciados com pimenta-do-reino, maracujá, girassol e gergelim. O resultado é um modelo de manejo que protege a floresta, recupera áreas degradadas e garante produção contínua.

Além de expor os produtos da Samaúma Óleos Vegetais da Amazônia, empresa criada por seu Adamor, a Casa Santarém também destaca outra frente estratégica para o desenvolvimento rural sustentável: a expansão da cacauicultura familiar no município. No início de 2025, Santarém iniciou a distribuição de mais de 400 mil sementes híbridas de cacau, adquiridas junto à Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), beneficiando dezenas de pequenos produtores rurais.

O cacau, cultivado em sistemas agroflorestais, é hoje uma das culturas mais promissoras da Amazônia por seu potencial de recuperar áreas degradadas, reduzir o desmatamento, evitar o uso do fogo e garantir renda contínua para as famílias rurais. Com clima e solo favoráveis, o município aposta que, dentro de três anos, os produtores já estarão comercializando o fruto em escala ampliada. Além das sementes, os agricultores recebem assistência técnica, capacitações em manejo e acompanhamento especializado.

Entre os beneficiados está a produtora Maria Vilani do Vale, que celebra os avanços recentes. “Eu recebi mudas, aprendi o manejo no curso e hoje já estou colhendo com padrão. O cacau faz parte do sustento da minha família, e a gente vê que tem futuro”, afirma.

O estande tem recebido visitantes de várias partes do Brasil e do mundo, interessados na produção de óleos vegetais, no cultivo de cacau e nas soluções ambientais apresentadas pelos agricultores locais.

O secretário municipal de Agricultura e Pesca, Bruno Costa, destaca o impacto das ações de incentivo ao pequeno produtor. “Investir no agricultor familiar é investir no futuro da nossa bioeconomia. O cacau, os sistemas agroflorestais e experiências como a do seu Adamor mostram que é possível produzir, gerar renda e manter a floresta em pé. Essa é a Santarém que estamos apresentando ao mundo”, afirmou.

Com histórias como a de Adamor Santos e o avanço da cacauicultura, Santarém mostra, na COP 30, que a Amazônia pode ser referência global em uma economia baseada na floresta viva, na inovação rural e na valorização de quem cuida da terra.

Fonte: Agência Santarém 

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