O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (1º) que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus no processo da trama golpista ocorrerá com serenidade e sem interferências. O julgamento está agendado para começar nesta terça-feira (2), pela Primeira Turma da Corte, com Barroso afirmando que, por ser presidente, ele não participará da análise.
Durante uma palestra no Rio de Janeiro, Barroso comentou sobre a expectativa para o início do julgamento, destacando que o papel do Judiciário é julgar casos apresentados de acordo com a Constituição, sem permitir qualquer tipo de interferência, seja de onde vier. “O julgamento precisa ser feito com absoluta serenidade, mas cumprindo o que diz a Constituição, sem interferências, venha de onde vier. A gente está lá para cumprir uma missão difícil, mas que é a missão de servir ao Brasil”, afirmou o ministro.
Barroso também abordou a história de golpes de Estado no Brasil, ressaltando que o país não pode permitir que a ideia de que "quem perdeu, tenta levar a bola para casa" prevaleça. Para ele, é crucial que o ciclo do atraso no país seja encerrado e que as divergências sejam respeitosamente resolvidas dentro das regras do jogo.
Julgamento
O julgamento está previsto para começar às 9h desta terça-feira (2), com oito sessões programadas para análise do caso, nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.
Os réus
Os réus no caso são:
- Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
- Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
- Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Por Marcelo Camargo/Agência Brasil
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