É possível reconhecer sinais de autismo em bebês? Especialistas explicam o que observar

Identificar sinais precoces do Transtorno do Espectro Autista pode garantir intervenções eficazes e melhorar a qualidade de vida da criança.É possível reconhecer sinais de autismo em bebês? Especialistas explicam o que observar – Foto: Freepik


Saúde – O Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode se manifestar ainda nos primeiros meses de vida. Reconhecer sinais precoces ajuda a garantir acompanhamento especializado, permitindo que intervenções sejam iniciadas desde cedo, potencializando o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança.

Segundo o psicólogo Fábio Coelho, sócio-diretor da Academia do Autismo, estudos indicam que sinais de autismo podem ser percebidos já aos 3 meses, mas geralmente se tornam mais evidentes entre 12 e 24 meses.

Comportamentos iniciais que chamam atenção

De acordo com o Portal Catraca Livre, pais e cuidadores próximos são os primeiros a notar sinais atípicos. Alguns indícios incluem:

Falta de contato visual e interação social: bebês normalmente buscam interação, respondem a sons familiares e sorriem para expressões lúdicas. A ausência desses comportamentos pode indicar dificuldades em estabelecer vínculos.

Atrasos na comunicação: demora no balbucio ou expressão de sons comuns para a idade pode ser um sinal inicial de TEA.

Atrasos no desenvolvimento motor: dificuldades para rolar, sentar, engatinhar ou explorar o ambiente.

Outros sinais de alerta

Além dos comportamentos citados, especialistas destacam:

Seletividade alimentar: rejeição intensa a certos alimentos ou preferência exclusiva por alguns itens.

Resposta limitada ao nome: bebês com TEA podem não reagir quando chamados.

Hipersensibilidade a sons: reações exageradas ou desconforto diante de ruídos inesperados.

Quando buscar ajuda profissional

Caso haja sinais de regressão ou atraso no desenvolvimento, é fundamental procurar médicos familiarizados com o TEA, como neuropediatras, pediatras e psiquiatras infantis. Intervenções precoces, como ABA (Análise do Comportamento Aplicada), integração sensorial e fonoaudiologia, podem melhorar significativamente habilidades sociais, comunicativas e cognitivas.

Compreendendo o autismo e seu tratamento

O TEA não é uma doença, mas uma forma diferente de desenvolvimento. Segundo Daniela Landim, psicóloga coordenadora da Versania Cuidado Infantil, entender o autismo e buscar apoio adequado permite que crianças autistas alcancem autonomia e qualidade de vida.

Conscientização e cuidado contínuo

O diagnóstico precoce é essencial, mas o apoio familiar e educacional constante faz a diferença. Ao identificar sinais iniciais e iniciar intervenções, é possível oferecer às crianças oportunidades para desenvolver seu potencial de forma plena e saudável.

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Por: Mayara Leite – Estudante de jornalismo.

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