Notícias de política – Na tarde de sexta-feira, 4 de julho de 2025, Fabiano dos Santos protocolou sua carta de renúncia à presidência dos Correios no Palácio do Planalto. A decisão ocorreu antes do término oficial de seu mandato, previsto para agosto, com o objetivo de “evitar desgastar o governo” .
Fontes governistas relatam que Santos vinha enfrentando uma crescente “fritura” dentro do próprio governo, comandada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que defendia abertamente sua substituição . A movimentação interna se intensificou nas últimas semanas, gerando desgaste político e administrativo para Santos e para o entorno presidencial.
O clima ficou ainda mais pesado após aliados históricos de Santos — como o grupo de advogados Prerrogativas, próximo a Lula — se sentirem traídos pela fragilidade exibida por setores do governo em sua defesa . Denúncias apontam que a deputada Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais e responsável pela indicação de Santos, não interveio para frear o processo, o que causou mal-estar entre lideranças petistas, segundo uma fonte interna .
Relatos indicam que Santos também estava enfrentando pressões para cumprir exigências de austeridade discutidas na estatal, como demissões e avanços em um possível processo de privatização — pautas que ele teria recusado apoiar plenamente . Os problemas financeiros da empresa são agravantes: em 2024, os Correios registraram um déficit de R$ 3,2 bilhões, posicionando-se como a principal causa do rombo entre as empresas estatais, segundo dados do Ministério da Gestão e Inovação .
Enquanto o ambiente em Brasília se ajusta para a troca na liderança dos Correios, rumores já indicam o interesse do União Brasil na futura ocupação do espaço deixado. A disputa coloca o governo diante de novo cenário para acalmar ânimos e construir consenso em cima da próxima nomeação.
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