O Brasil registrou os primeiros casos da variante XFG da Covid-19, que tem caminhado para se tornar a mais prevalente no mundo. A cepa foi identificada em oito casos até agora, seis no Ceará e dois em São Paulo. As evidências disponíveis, porém, não indicam que a mutação provoque casos mais graves do que as outras linhagens em circulação. Além disso, apontam que a proteção proporcionada pelas vacinas segue eficaz.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que monitora “de forma contínua” a vigilância do SARS-CoV-2, vírus que causa a Covid-19. Sobre os casos da XFG, ressaltou que não foram registradas mortes entre os pacientes, e que a vacinação “segue sendo a principal forma de prevenir casos graves e mortes”.
A XFG é a mais recente de sete variantes classificadas como sob monitoramento (VUM, da sigla em inglês) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O grupo diz respeito a cepas que têm alterações genéticas significativas, que sugerem uma vantagem de crescimento em relação às outras, mas cujo impacto ainda é incerto. Todas as linhagens são derivadas da Ômicron.
De acordo com um relatório da OMS, a XFG surgiu de uma recombinação entre duas versões anteriores do vírus, a LF.7 e a LP.8.1.2. Ela foi identificada pela primeira vez no mundo em 27 de janeiro e, no último dia 25, frente ao avanço global, foi definida como uma VUM.
No monitoramento mais recente, com dados de 26 maio a 1º de junho, a XFG representava 22,7% de todos os casos de Covid-19 sequenciados globalmente, atrás apenas da cepa NB.1.8.1. “Trata-se de um aumento significativo em relação aos 7,4% registrados quatro semanas antes”, destaca a OMS. Enquanto isso, a NB.1.8.1 saiu de 29,6% para 24,9% nas últimas três semanas.
A proporção da XFG cresceu em todas as três regiões do planeta que compartilham sequências do SARS-CoV-2 de forma consistente, afirma a OMS, saindo de 1,6% para 6,0% no Pacífico Ocidental, de 7,8% para 26,5% nas Américas (AMR) e de 10,6% para 16,7% na Região Europeia.
Nos Estados Unidos, a atualização mais recente da vigilância dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), com dados até o fim de junho, mostra que a XFG representava 14% de todas as amostras analisadas, a terceira cepa mais prevalente no país. No início de maio, era somente 3%.
Embora com menos sequências submetidas, a OMS também pontua que a XFG saltou de 17,3% para 68,7% na região do Sudeste Asiático, onde a variante NB.1.8.1 havia se tornado predominante rapidamente no final de março.
Riscos e vacinas
Sobre o comportamento da cepa, a OMS diz que, considerando as evidências disponíveis, o risco adicional para a saúde pública é avaliado como baixo.
“Os dados atuais não indicam que essa variante cause doenças mais graves ou mortes em comparação com outras variantes em circulação (…) Espera-se que as vacinas atualmente aprovadas continuem eficazes contra essa variante, tanto para casos sintomáticos quanto graves”, afirma o relatório da organização.
O Ministério da Saúde reforça que, no Brasil, desde 2024, a vacinação contra a Covid-19 faz parte do calendário nacional de gestantes, idosos e crianças. Além disso, determinados grupos prioritários continuam a ter indicação de reforço periódico. Em 2025, mais de 14,2 milhões de doses foram distribuídas no país.
Com a nova estratégia, a pasta passou a indicar de forma permanente uma dose para gestantes a cada gravidez e uma dose a cada seis meses para idosos com 60 anos ou mais, independentemente da quantidade de vacinas previamente recebidas pelo indivíduo.
Em relação às crianças, o esquema primário deve ser feito entre 6 meses e 5 anos com duas doses e quatro semanas de intervalo entre elas, no caso da vacina da Moderna, ou com três doses, com a segunda aplicada quatro meses depois da primeira, e a terceira oito meses após a segunda, no caso da Pfizer. Não há indicação de reforços na faixa etária.
Já para os grupos chamados de prioritários, que não têm calendários de rotina específicos no Programa Nacional de Imunização (PNI), a proteção e seus reforços continuam a ser ofertados no Brasil no esquema de “vacinação especial”. No caso dos imunocomprometidos, é indicada uma dose a cada seis meses. Para os demais, o reforço é anual.
Ao todo, os grupos são: imunocomprometidos; pessoas vivendo em instituições de longa permanência; indígenas; ribeirinhos; quilombolas; puérperas; trabalhadores da saúde; pessoas com deficiência permanente; pessoas com comorbidades; pessoas privadas de liberdade; funcionários do sistema de privação de liberdade; adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; e pessoas em situação de rua.
Não há mais indicação de reforço para brasileiros que não sejam gestantes, idosos ou façam parte de um dos grupos prioritários.
Além disso, os casos de Covid-19 seguem em patamar baixo no Brasil. De acordo com o painel do Ministério da Saúde, foram registrados 1,26 mil novos casos e 17 novas mortes na semana de 15 a 21 de junho, uma queda de 215% e 86%, respectivamente, em relação aos 3,97 mil diagnósticos e 122 óbitos na mesma semana de 2024.
(Fonte: O Globo)
COVID-19, saúde
Em nota, o Ministério da Saúde disse que monitora “de forma contínua” a vigilância do SARS-CoV-2, vírus que causa a Covid-19. Sobre os casos da XFG, ressaltou que não foram registradas mortes entre os pacientes, e que a vacinação “segue sendo a principal forma de prevenir casos graves e mortes”.
A XFG é a mais recente de sete variantes classificadas como sob monitoramento (VUM, da sigla em inglês) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O grupo diz respeito a cepas que têm alterações genéticas significativas, que sugerem uma vantagem de crescimento em relação às outras, mas cujo impacto ainda é incerto. Todas as linhagens são derivadas da Ômicron.
De acordo com um relatório da OMS, a XFG surgiu de uma recombinação entre duas versões anteriores do vírus, a LF.7 e a LP.8.1.2. Ela foi identificada pela primeira vez no mundo em 27 de janeiro e, no último dia 25, frente ao avanço global, foi definida como uma VUM.
No monitoramento mais recente, com dados de 26 maio a 1º de junho, a XFG representava 22,7% de todos os casos de Covid-19 sequenciados globalmente, atrás apenas da cepa NB.1.8.1. “Trata-se de um aumento significativo em relação aos 7,4% registrados quatro semanas antes”, destaca a OMS. Enquanto isso, a NB.1.8.1 saiu de 29,6% para 24,9% nas últimas três semanas.
A proporção da XFG cresceu em todas as três regiões do planeta que compartilham sequências do SARS-CoV-2 de forma consistente, afirma a OMS, saindo de 1,6% para 6,0% no Pacífico Ocidental, de 7,8% para 26,5% nas Américas (AMR) e de 10,6% para 16,7% na Região Europeia.
Nos Estados Unidos, a atualização mais recente da vigilância dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), com dados até o fim de junho, mostra que a XFG representava 14% de todas as amostras analisadas, a terceira cepa mais prevalente no país. No início de maio, era somente 3%.
Embora com menos sequências submetidas, a OMS também pontua que a XFG saltou de 17,3% para 68,7% na região do Sudeste Asiático, onde a variante NB.1.8.1 havia se tornado predominante rapidamente no final de março.
Riscos e vacinas
Sobre o comportamento da cepa, a OMS diz que, considerando as evidências disponíveis, o risco adicional para a saúde pública é avaliado como baixo.
“Os dados atuais não indicam que essa variante cause doenças mais graves ou mortes em comparação com outras variantes em circulação (…) Espera-se que as vacinas atualmente aprovadas continuem eficazes contra essa variante, tanto para casos sintomáticos quanto graves”, afirma o relatório da organização.
O Ministério da Saúde reforça que, no Brasil, desde 2024, a vacinação contra a Covid-19 faz parte do calendário nacional de gestantes, idosos e crianças. Além disso, determinados grupos prioritários continuam a ter indicação de reforço periódico. Em 2025, mais de 14,2 milhões de doses foram distribuídas no país.
Com a nova estratégia, a pasta passou a indicar de forma permanente uma dose para gestantes a cada gravidez e uma dose a cada seis meses para idosos com 60 anos ou mais, independentemente da quantidade de vacinas previamente recebidas pelo indivíduo.
Em relação às crianças, o esquema primário deve ser feito entre 6 meses e 5 anos com duas doses e quatro semanas de intervalo entre elas, no caso da vacina da Moderna, ou com três doses, com a segunda aplicada quatro meses depois da primeira, e a terceira oito meses após a segunda, no caso da Pfizer. Não há indicação de reforços na faixa etária.
Já para os grupos chamados de prioritários, que não têm calendários de rotina específicos no Programa Nacional de Imunização (PNI), a proteção e seus reforços continuam a ser ofertados no Brasil no esquema de “vacinação especial”. No caso dos imunocomprometidos, é indicada uma dose a cada seis meses. Para os demais, o reforço é anual.
Ao todo, os grupos são: imunocomprometidos; pessoas vivendo em instituições de longa permanência; indígenas; ribeirinhos; quilombolas; puérperas; trabalhadores da saúde; pessoas com deficiência permanente; pessoas com comorbidades; pessoas privadas de liberdade; funcionários do sistema de privação de liberdade; adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; e pessoas em situação de rua.
Não há mais indicação de reforço para brasileiros que não sejam gestantes, idosos ou façam parte de um dos grupos prioritários.
Além disso, os casos de Covid-19 seguem em patamar baixo no Brasil. De acordo com o painel do Ministério da Saúde, foram registrados 1,26 mil novos casos e 17 novas mortes na semana de 15 a 21 de junho, uma queda de 215% e 86%, respectivamente, em relação aos 3,97 mil diagnósticos e 122 óbitos na mesma semana de 2024.
(Fonte: O Globo)
COVID-19, saúde
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