SUS oferece 3 novos remédios gratuitos para tratar dermatite atópica; Tacrolimo é um deles

A dermatite atópica, uma condição dermatológica, caracterizada principalmente por coceira intensa e pele ressecada que acomete principalmente as crianças, poderá ser tratada de forma integral no Sistema Único de Saúde (SUS).

O Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, incorporou três novos medicamentos ao tratamento oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que permitem o cuidado desde as fases iniciais até quadros mais graves da doença.

Entre 2024 e 2025, mais de mil atendimentos hospitalares e mais de 500 mil ambulatoriais relacionados a dermatite atópica foram registrados na rede pública de saúde.

“Conviver com dermatite atópica é enfrentar crises frequentes de coceira e feridas no dia a dia. Saber que o SUS passou a oferecer esses medicamentos gratuitamente é um alívio, porque torna o tratamento mais acessível”, afirmou Alzinete Costa, 54 anos, que convive com a dermatite desde a infância e lembra que o pai também sofria com a mesma condição.

Uma condição genética e crônica

A dermatite atópica é uma condição crônica e não contagiosa, de origem genética, caracterizada principalmente por coceira intensa e pele ressecada. Ela causa inflamação na pele e afeta principalmente as áreas de dobras do corpo, como a parte frontal dos cotovelos, atrás dos joelhos e o pescoço.

Considerada uma das formas mais comuns de eczema, a dermatite atópica tem maior incidência na infância, embora também possa se manifestar na adolescência ou na vida adulta.

Tacrolimo e furoato de mometasona e o metotrexato

Com recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), quem convive com a doença pode receber mais duas pomadas para a pele (tacrolimo e furoato de mometasona) e um medicamento oral (metotrexato).

O metotrexato será utilizado em casos graves da doença, principalmente para pacientes que não podem utilizar a ciclosporina, medicamento já disponibilizado na rede pública. O tacrolimo tópico e o furoato de mometasona poderão tratar pessoas que não podem utilizar corticóides ou apresentam resistência aos tratamentos até então disponíveis.

A ampliação de acesso ao tacrolimo tópico para os pacientes do SUS é um benefício relevante, já que, por ser um medicamento de alto custo, seu acesso era mais restrito.

Além da distribuição dos medicamentos, o SUS disponibiliza consultas especializadas, exames e prescrição adequada para cada caso.

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