Saiba quais os cuidados essenciais contra a varíola dos macacos; Pará monitora casos suspeitos


Reprodução/Pixabay

Segundo anúncio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) feito na última segunda-feira, 1, o Pará estava investigando três casos da Varíola dos Macacos no estado. Os pacientes em observação estariam nos municípios de Ananindeua, Parauapebas e Santarém. No entanto, ainda na noite de ontem, a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) descartou o caso de Ananindeua, reduzindo assim para dois casos suspeitos: um em Parauapebas e outro em Santarém.

Embora os pacientes já estejam isolados e suas amostras já tenham sido encaminhadas para análise, informações preliminares dos pacientes apontam que, no caso suspeito em Santarém, o paciente é um professor que saiu da cidade de São Paulo, passou pelo Rio de Janeiro e depois foi para Santarém, no baixo Amazonas, onde deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24H) na madrugada de ontem, 1.

A nivel nacional, a doença se aproxima da marca dos 1.400 casos, com 1.369 resultados positivos para a doença. Até então, os estados líderes no número de infectados são São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No entanto, a região Norte já possui quatro casos confirmados.

O Ministério da Saúde destaca que a varíola humana é uma doença erradicada no Brasil desde 1971, recebendo certificação da OMS em 1973. Já a varíola dos macacos é semelhante, embora seja outra doença. Logo são dois vírus diferentes, mas que embora causem sintomas relativamente parecidos, são doenças absolutamente distintas.

Como o contágio acontece?

A doença causada pelo vírus monkeypox é transmitida para pessoas por vários animais selvagens, como roedores e primatas, mas também pode ser transmitida entre pessoas após contato direto ou indireto. De acordo com Rosamund Lewis, líder técnica sobre varíola dos macacos do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), existem dois grupos de vírus da varíola dos macacos em circulação: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central).

As infecções humanas causadas pelo vírus da África Ocidental aparentam, até o momento, causar doenças menos graves em comparação com o grupo viral da Bacia do Congo, com uma taxa de mortalidade de 3,6% se comparada com os 10% da Bacia do Congo.

Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, diz que “A principal forma de proteção é evitar contato direto com pessoas infectadas. Lembrando que a principal forma de transmissão ocorre através do contato pele a pele, pessoal, ou obviamente através do contato com objetos pessoais de um paciente que está infectado com a varíola dos macacos”, destaca. O período de incubação da doença pode variar em períodos de 6 a 13 dias, mas pode variar chegando a períodos de 5 a 21 dias.

Sintomas, cuidados e prevenção

Medeiros explica que, na maior parte dos casos, os sintomas envolvem: febre súbita, forte e intensa; dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço. Outra fase da doença é quando surge o aparecimento de gânglios (inchaços conhecidos como ‘ínguas’) que podem aparecer em regiões como: pescoço, axila e genitais (incluindo a área perianal).

Já Lewis pontua que “A coisa mais importante sobre cuidar de alguém com essa doença é basicamente cuidar da pele e cuidar de quaisquer sintomas que alguém possa ter, como dor ou coceira”, diz.

De acordo com o Ministério da Saúde, a principal forma de proteção é evitar contato direto com pessoas contaminadas. Como a principal forma de transmissão seja através do contato pele/pele, pessoal, ou através do contato com objetos pessoais de um paciente que está infectado, é importante não ter nenhum contato físico.

O ministério recomenda também que, ao aparecer quaisquer sinais ou sintomas como febre alta e súbita, dor de cabeça, aparecimento de gânglios, o paciente procure um médico na unidade básica de saúde para que sejam feitos os exames e demais análises necessárias, assim como fazer o diagnóstico, condução clínica e tratamento necessários.

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