PP veta formação de palanques com o PT nos estados

A decisão foi tomada na terça-feira (2)
Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Reprodução/Instagram @lulaoficial

O diretório nacional do PP, partido do Centrão que compõe a base de apoio do governo Jair Bolsonaro, decidiu vetar a formação de alianças com o PT nos palanques estaduais. As informações são do G1.

A decisão foi tomada na terça-feira (2), três dias após o diretório do PP no Ceará realizar uma convenção na qual foi confirmado o apoio da legenda à candidatura do petista Elmano de Freitas ao governo do estado.

A chapa também é formada pelo ex-governador Camilo Santana (PT), que tentará uma vaga ao Senado.

O PT é o principal adversário de Bolsonaro nas eleições deste ano. De acordo com último levantamento do Datafolha, Lula (PT) tem 47% das intenções de voto no primeiro turno, enquanto o presidente está com 29%.

“O Diretório Nacional do Progressistas informa que a sigla não irá fazer coligação com o Partido dos Trabalhadores em nenhum Estado brasileiro”, diz nota divulgada pelo PP.

O partido acrescenta que oficializou a coligação com o PL e apoia a reeleição de Jair Bolsonaro.

Anulação parcial

O PP tem entre seus quadros alguns dos principais apoiadores do presidente, como o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PI), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL).

Ao g1, o presidente do PP, deputado Cláudio Cajado (BA), afirmou que a legenda tem “soberania” na Executiva Nacional, que não permite a coligação com o PT.

“Isso já tinha sido dito nas convenções. Até porque não tem lógica coligar na majoritária e, nas estaduais, fazer coligações na cabeça de chapa com o PT. Não tem coerência”, afirmou Cajado.

Ele ressaltou que será anulada parcialmente a convenção realizada no Ceará – a que compreende a chapa majoritária firmada com o PT. “Tira o apoio”, ressaltou.

A medida atinge apenas as alianças nas quais o PT estaria na “cabeça” de uma chapa majoritária, como é o caso da candidatura petista ao governo do Ceará, mas não impede a formação de coligações nas quais os partidos eventualmente integrem o mesmo arco de apoio de uma outra legenda.

*Com informações do G1

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