Os dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) apontam que houve uma redução de quase 40% na comparação entre números absolutos de mortes ocorridas entre janeiro e abril de 2021, e o mesmo período deste ano.
A redução positiva é consequência das medidas implantadas pelo governo do Pará, por ações realizadas pela Sespa, desde 2019. A principal, é o fortalecimento do Pacto pela Redução da Mortalidade Materna, que dá assistência a grávidas desde o pré-natal até o nascimento da criança.
O Pacto foi criado para fortalecer o pré-natal na atenção primária e atua com o repasse do cofinanciamento estadual da Atenção Básica, realizado a partir do monitoramento de cinco indicadores de saúde da mulher visando a apoiar os municípios na linha de cuidado materno e infantil.
Segundo a coordenadora estadual de Saúde da Mulher, Nicolli Vieira, o Pacto tem propiciado o fortalecimento da linha de cuidado materno e infantil nos três níveis de assistência, com ações direcionadas para identificar as principais fragilidades do pré-natal, melhorando as boas práticas de parto e nascimento.
O Pará trabalha para a construção de hospitais maternos-infantis em Santarém, Marabá, Breves e Altamira para fortalecer a assistência obstétrica e neonatal de forma descentralizada, especialmente, em regiões onde há maior prevalência de mortalidade materna e infantil.
“A proposta é oferecer atendimento integral em todas as fases da vida da mulher e fortalecer a rede de atenção, uma vez que a paciente não vai precisar percorrer grandes distâncias para chegar a um atendimento qualificado”, explica o secretário de Saúde do Pará, Rômulo Rodovalho.
Além disso, várias regiões do Estado têm recebido as ações do projeto de Planificação de Atenção à Saúde (Planifica Sus/Pará) voltado para a reorganização e integração da atenção primária à saúde e atenção especializada e pelo qual profissionais da área da saúde têm recebido cursos de qualificação com o propósito de aperfeiçoar o fluxo de atendimento a mulheres e crianças para que recebam assistência em tempo hábil.
“A ideia é qualificar a rede materno infantil nas regiões do Estado, organizando uma linha de cuidados para as gestantes, dando maior atenção desde o primeiro momento da gestação até o pós-parto. Isso repercute positivamente na diminuição dos índices de mortalidade materna no Pará”, explica Nicolli Vieira.
Outra ação que repercute na queda de óbitos maternos é a realização do projeto “Saúde por todo o Pará”, realizado em 2021, quando a Sespa enviou uma equipe de 100 profissionais para uma série de ações em 14 municípios do Arquipélago do Marajó. O programa realizou diagnóstico situacional materno-infantil e promoveu ações de saúde itinerante.
O projeto envolveu visitas técnicas dos profissionais nas salas de cirurgias e maternidades locais, levando também atendimento médico. A partir do diagnóstico situacional, a Sespa conheceu melhor a realidade e a necessidade de serviços de cada município e adotou medidas para melhorar a estruturação de assistência à saúde na região. Na ocasião, a Sespa contabilizou 15.950 procedimentos.
O óbito materno se dá quando uma mulher morre durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término (seja com parto ou aborto) devido a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela.
Coim informções: Governo do Pará (SECOM
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