Bebê deixado sozinho em casa pelos pais morreu de asfixia por broncoaspiração, aponta laudo

Caso aconteceu no dia 23 de março deste ano, no bairro Vitória Régia, em Santarém, no oeste do Pará.
Deaca em Santarém — Foto: Geovane Brito/G1

O laudo necroscópico do bebê de apenas 2 meses que morreu após ser deixado em casa sozinho pelos pais que saíram para beber em um bar, apontou que a causa da morte do asfixia mecânica decorrente de broncoaspiração (entrada de substâncias estranhas, tais como alimentos e saliva, na via respiratória). A informação foi confirmada na manhã desta terça-feira (19) pelo delegado Gilberto Aguiar à TV Tapajós.

De acordo com o delegado da especializada de atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca), tudo que era de responsabilidade da polícia judiciária em relação ao caso já foi feito. Agora, a polícia aguarda manifestação do Ministério Público e o Poder Judiciário.


"Da parte da polícia judiciária já foi encerrado todo o procedimento com a conclusão do inquérito, oitiva de todas as testemunhas. Os pais continuam presos. Eles foram autuados por homicídio doloso na forma eventual. Esse foi o nosso entendimento naquela oportunidade. Essa capitulação é provisória e será submetida agora ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. O MP pode oferecer denúncia ou não contra o casal”, disse Gilberto Aguiar.

No dia 23 de março deste ano, a Polícia Militar foi chamada para atender uma ocorrência de Lei Maria da Penha no bairro Vitória Régia, mas quando a guarnição chegou ao local se deparou com outra situação, que foi o óbito do bebê de 2 meses. Equipe do Samu esteve no local e constatou o óbito que já teria acontecido há algumas horas.
Paula Emanuele Medeiros e Fabrício dos Santos Cunha deixaram bebê sozinho enquanto foram pro bar; bebê morreu — Foto: Reprodução/TV Tapajós

O pai do bebê foi para a casa da mãe dele após uma briga com a companheira. A polícia foi até o local e ao ser questionado sobre o filho, Fabrício dos Santos Cunha disse que não teve contato com a criança depois que voltou do bar com Paula Emanuele Medeiros. Naquele dia, vizinhos ouvidos pela polícia informaram que não era a primeira vez que Paula e Fabrício deixavam o filho sozinho.

“Desde o momento em que nós recebemos a manutenção do flagrante pelo Poder Judiciário nós diligenciamos no sentido de ouvir outras testemunhas que pudessem robustecer o inquérito policial, como a própria equipe do Samu que fez o atendimento à criança na data do fato, assim também como alguns familiares que não tiveram oportunidade de ser ouvidas quando do procedimento flagrancial”, contou o delegado Gilberto Aguiar.

*Colaborou Cissa Loyola, da TV Tapajós

Fonte G1 Santarém 

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