Frente de prefeitos diz que reajuste de 33% para professores é 'impraticável'

Crédito: Marco Santos/Agência Pará

A Frente Nacional dos Prefeitos afirmou na última quarta-feira, 9, que o reajuste de 33,24% sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada para professores da educação básica é "impraticável na maioria das cidades" brasileiras.

O presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, Edvaldo Nogueira (PDT-SE) declarou que "O reajuste para esse índice (de 33,24%) tem um impacto gigantesco e algumas prefeituras, além do impacto na folha de pagamento, podem sofrer dificuldades na Previdência. Para cada 10% de aumento na folha dessas cidades, por exemplo, existe um aumento de 30% na previdência". Na semana passada, a A CNM (Confederação Nacional de Municípios) também se declarou contrária ao reajuste.

Entenda

Na última sexta-feira, 4, assinou a portaria que estabelece o novo piso salarial para professores da educação básica em R$ 3.845,63 durante um evento no Palácio do Planalto com a participação dos ministros da Educação, Milton Ribeiro, e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

Antes disso, o presidente havia declarado que iria 'seguir a lei' e dar o maior reajuste possível aos professores pagos por Estados e municípios brasileiros, próximo aos 33%. De acordo com a Lei do Magistério, o reajuste de professores é vinculado ao chamado 'valor por aluno' do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), definido pelo Ministério da Educação, mas devido a variação da inflação nos últimos dois anos, o reajuste do valor por aluno deve ser de aproximadamente 33% em 2022. Na ocasião, ele declarou que "Governadores não querem 33%. Eu vou dar o máximo que a lei permite, que é próximo disso", declarou.

Com informações do UOL

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