Família de cabo da PM que morreu durante transferência para Belém diz que aeronave 'não tinha suporte'


Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Logo após a confirmação da morte do Cabo Clenilson Mota da Polícia Militar no último sábado, 19, a viúva Raila Costa de Oliveira denunciou a falta de estrutura que o marido foi transportado e também alegou que mesmo estando no aeroporto, não teve permissão para ver o marido. Mesmo assim, ela teria conseguido observar que os bancos da aeronave haviam sido retirados para que o PM fosse colocado em uma maca.

Raila alega que “Tanto é que hoje eu e mãe dele fomos para aeroporto, ficamos lá chorando, pedindo para gente ver ele, ver como ele tava. Só que ele tava ali no sol numa ambulância que não tinha ar condicionado. A gente que não entende de nada viu que o avião não era apto para carregar, tanto é eles tiraram de dificuldades para colocar ele. Foi tratado como um cachorro, jogaram ele lá" afirmou.

De acordo com informações oficiais, Clenilson teria sofrido um mal súbito durante o pouso e foi levado para um hospital em Belém. No entanto, não resistiu. O policial estava sendo transferido de Altamira, no sudoeste paraense, para o Centro de Recuperação Coronel Anastácio das Neves, na capital paraense.

O advogado de defesa do PM, Joaquim Freitas, diz que “Não concordava com essa transferência desnecessária, impertinente" e que pretendia e converter a prisão preventiva em domiciliar para que ele pudesse se recuperar. No entanto, ele alega que o militar teria esperado por mais de três horas no aeroporto antes de embarcar e que não teve o apoio de nenhum médico durante a viagem: "Então, nosso oficio agora é que nos iremos encaminhar até para que possa falar futuramente em responsabilidade civil pela morte de um servidor público, nos precisamos está amparados de documentos e pedi a apuração daquilo que a documentação não respondeu. Então nós vamos solicitar ao sistema penal que nos informe qual era a aeronave que chegou aqui, qual tipo de aeronave foi utilizada, quais foram os cuidados que foram tomados, quanto tempo o paciente, o militar ficou aguardando até o seu deslocamento até que ele fosse efetivamente transferido via aeronave. Se foi facultado acesso de familiares, algumas dessas repostas eu já tenho, mas eu preciso oficialmente dessas respostas, quem eram os profissionais de saúde que o acompanharam na aeronave, quais foram os tipos de sedativos ou medicamentos que foram ministrados nesse policial militar, enfim para que possamos entender o contexto dessa transferência. As informações que eu tive foi tudo informal, por familiares", concluiu.

Relembre o caso

No dia 13 de fevereiro, Clenilson Mota foi acusado de matar um empresário identificado como Erisvaldo Moura Franco em um bar no centro da cidade.

No entanto, depois da ação, ele foi surpreendido por disparos efetuados por outro policial que estava à paisana. Clenilson foi atingindo e levado para o Hospital Regional Público da Transamazônica onde passou por procedimento cirúrgico e recebeu alta no último dia 17.

Na data, a Secretaria de Saúde Pública do Pará informou por nota que o paciente apresentava condições clínicas satisfatórias.

Com informações do Confirma Notícia

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