Entenda como funcionam as bandeiras tarifárias de energia elétrica

Crédito: Reprodução/Pixabay

Entrou em vigor no Pará desde o último sábado, 7, o reajuste tarifário aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os reajustes variam de 8,02% a 10,28% e para cerca de 2,77 milhões de unidades consumidoras. No entanto, a maioria das pessoas, não entende como o cálculo é feito.

As bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. O sistema foi adotado pela Aneel em 2015, para que o consumidor possa saber se está pagando o valor normal ou um valor a mais pela energia elétrica.

Quando o cálculo da tarifa é feito pela bandeira verde, significa que a conta não sofre nenhum acréscimo.

Na bandeira amarela, significa que as condições de geração de energia não estão favoráveis, e a conta sofre acréscimo de R$ 1,874 por 100 kilowatt-hora (kWh) consumido.

Já a bandeira vermelha mostra que está mais caro gerar energia naquele período. A bandeira vermelha é dividida em dois patamares. No primeiro patamar, o valor adicional cobrado passa a ser proporcional ao consumo, na razão de R$ 3,971 por 100 kWh; o patamar 2 aplica a razão de R$ 9,492 por 100 kWh.

Segundo a Aneel, com as bandeiras tarifárias, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo e diminuir o valor da conta (ou, pelo menos, impedir que ele aumente).

Os valores das bandeiras foram reajustados no dia 29 de junho. O aumento mais significativo foi o do patamar 2 da bandeira vermelha, com aumento de 52%, o mais alto de todos.

Esse aumento, no entanto, não é calculado em cima do valor total da conta de luz, e sim no acréscimo gerado a cada 100 kWh consumido. O reajuste das bandeiras provoca um impacto no valor final da conta de luz, segundo a Aneel, de 4,9%.

A usina hidrelétrica, que gera energia a partir da força da água nos reservatórios, é a mais barata e a primeira opção do SIN. Por isso, em épocas de muita chuva e reservatórios cheios, a bandeira tarifária costuma ser a verde, porque a energia está sendo produzida da maneira mais em conta.

Em períodos de estiagem, quando o nível dos reservatórios diminui, é necessário captar energia de outros tipos de usina, como as termelétricas. Esse tipo de usina gera energia a partir de combustíveis fósseis, como diesel e gás. Além de ser mais poluente, é mais cara. Por isso, quando as termelétricas são acionadas, o custo da geração de energia aumenta e a bandeira tarifária muda.

Quem faz a avaliação das condições de geração de energia no país é o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). É ele que define a melhor estratégia de geração de energia para atendimento da demanda. Ela define a previsão de geração hidráulica e térmica, além do preço de liquidação da energia no mercado de curto prazo.

Com informações da Agência Brasil.

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