Jader Barbalho já tem um candidato à eleição do próximo ano para governador do Pará: é o próprio filho, o atual ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho. A candidatura de Helder já está nas ruas. Viajando sem parar e criando factótuns, o ex-prefeito de Ananindeua e ex-deputado estadual está se beneficiando da antecipação da sua campanha, impondo vantagens aos concorrentes.
Deles se distanciará ainda mais se três variáveis, com grau razoável de imponderabilidade, se mantiverem como se acham neste momento: Michel Temer mantido como presidente da república até 2018, o próprio Helder continuar no ministério e seu pai não for alcançado pela Operação Lava-Jato. Especialmente se não for conduzido coercitivamente para depor ou, pior ainda não for preso.
Preenchidas as três hipóteses, mais um Barbalho chegará à eleição de 2018 como favorito. Contra quem? Ainda não se sabe. É pouco provável que o PT consiga apresentar um nome competitivo. O deputado federal Edmilson Rodrigues ainda é uma incógnita. Depende da eventualidade da cassação do prefeito Zenaldo Coutinho. Se o tucano foi defenestrado, Edmilson será o mais forte candidato na nova eleição, caso a cassação seja promovida ainda na primeira metade do mandato do prefeito de Belém.
Se vier a ser eleito como novo prefeito da capital, Edmilson estará de fora da próxima disputa estadual. Há ainda outra possibilidade – um tanto remota, mas real – de que ele não seja o vitorioso na reconvocação do povo para escolher o substituto do prefeito cassado. E, finalmente, se tudo continuar como está na política municipal, dificilmente Edmilson, como candidato do PSOL, será adversário à altura da máquina que Helder poderá usar. Entrará no jogo como azarão.
E o PSDB? O partido está em queda livre no Pará. Os créditos do governador Simão Jatene estão sendo dilapidados por ele mesmo, graças à sua abulia, inércia, descompromisso. As artes do governador estão se reduzindo a jogo de bastidores. Como o último, envolvendo a nova saída de Helenilson Pontes do seu secretariado. A renúncia do secreta´rio extraordinário de governo e assuntos institucionais teria o objetivo de mantê-lo na presidência do PSD.
Segundo uma versão, o PSD deverá se atrelar à candidatura de Helder Barbalho no Pará, por determinação do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação do governo Temer, do PMDB. Ele poderia estar se reintegrando para entrar nesse esquema u para abortá-lo, impedindo que os defensores da aliança com Helder assumam o comando do partido?
Não se sabe ainda. Mas uma coisa é certa: a campanha para a eleição de 2018 já começou.
Fonte: Lúcio Flávio Pinto
Fonte: Lúcio Flávio Pinto
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