Cestas básicas são distribuídas em aldeias Munduruku do Alto e Médio Tapajós, em Santarém

Ação é parte da campanha 'Com Saúde e Alegria Sem Corona' que visa reforçar a segurança alimentar das populações indígenas.
Cestas de alimentos sendo transportado com destino às aldeias do médio e alto Tapajós. — Foto: PSA/Divulgação

A campanha "Com Saúde e Alegria sem Corona" doou nesta quarta-feira (2), 986 cestas básicas para as famílias indígenas dos povos Munduruku do pólo base do Alto Tapajós e as aldeias do Médio Tapajós: Sawré Jauby, Datie Watpu, Boa fé, Sawré Muybu, Sawré Aboy, Dajé Kapap, Karo Muybu, Poxo Muybu e o PAE Montanha-Mangabal.

As cestas compostas por pacotes de feijão, arroz, biscoito, leite, açúcar, sal, óleo e vinagre vão auxiliar na segurança alimentar das populações afetadas pelos impactos gerados pela Covid-19 na região. As cestas também contém itens de higiene e limpeza como água sanitária e sabão.

O Dsei é responsável por quase 13.500 indígenas. Segundo a enfermeira especialista em saúde indígena e saúde coletiva, coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena – Dsei, Cleidiane Carvalho, a ação é importante no enfrentamento à Covid-19 nos territórios.

“O Saúde e Alegria tem sido um parceiro, a gente tem trabalhado em conjunto. Essa parceria só tem ajudado o Dsei Rio Tapajós que tem 13.496 indígenas localizadas em cinco municípios diferentes”, disse Cleidiane.

O inverno amazônico é o período chuvoso na região e ocorre entre os meses de novembro a maio. De acordo com a assistente social do Projeto Saúde e Alegria, Ananda Pacheco, climas úmidos e chuvosos ou frios e secos, facilitam a propagação do vírus da gripe e com a pandemia da Covid-19 o número de pessoas com sintomas gripais e as complicações decorrentes dela tem aumentado.

“Por causa do clima chuvoso, o índice de pessoas doentes com sintomas gripais normalmente já era altíssimo, com a pandemia e todas as consequências dela, esse número tem se elevado. Percebemos que são pessoas em situação de vulnerabilidade e que precisam desse apoio emergencial, evitando a circulação de pessoas dentro do território”, destacou.

Para as aldeias mais distantes, tem sido desenvolvidas estratégias a fim de otimizar o transporte das cestas.

De acordo com o coordenador do PSA, Caetano Scannavino, a ação visa reduzir a necessidade do deslocamento das populações indígenas para cidade e evitar riscos de novas contaminações.

“Não é um desafio fácil. Estamos dando mais um passo agora com a distribuição de mais de 900 cestas básicas. A ideia é mapear dentro da situação de risco, quais famílias mais necessitam. Essa campanha está baseada num amplo quadro de alianças. A gente vem dando suporte à Secretaria Especial de Saúde Indígena, Dsei Rio Tapajós, as organizações de base como a Associação Pariri dos Povos Munduruku”, ressaltou Caetano.

Sesai e Dsei fazem a seleção das situações de maior vulnerabilidade, para priorizar áreas, aldeias e famílias, sobretudo mulheres gestantes e mães solteiras para receber esses benefícios.

Desde maio de 2020 o PSA tem apoiado os indígenas com kits de pesca, higiene e cestas de alimentação visando, também está apoiando com a logística, doando óleo Diesel e de gasolina para auxiliar no transporte nos territórios. A iniciativa conta com o apoio do Itaú Social.

Fonte G1 Santarém 

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